domingo, 10 de agosto de 2008

Em nada creio

Em nada creio
e Deus sabe
o quanto nisso acredito.

Creio como quem morre,
creio como quem sofre,
creio como quem lança um grito.

Em meus poemas,
por exemplo, só creio quando
ainda não estão escritos.


João Andrade

12 comentários:

Margot disse...

Particularmente, gosto muito desse jogo antítico, quando duas idéias opostas se unem pelos opostos e criam novas significações.
O resultado disso é um poema desconcertante...

Gosto muito disso viu?!

amantedasleituras disse...

Pois eu também gosto desse pensar pelos polos e dos finais que me levam ao principio.

João porque não publicas na lista a tua poesia?

Adélia Danielli disse...

O que dizer além de encantada?? tão primorosas poesia, cheias de si mesmas que parecem personagens com vidas próprias e distintas se apresentando com olhar de flerte à minha alma.
amei. vou linka-lo no Estampada.
=)
me visita?

http://compulsaoporescrever.zip.net/

Jania Souza disse...

Caro João Andrade, tua timidez desnuda na tua poesia, encanta-me. Tens minha admiração incondicional. Amo ler tua obra tão completa em tão pouco espaço. Estou hoje aqui, principalmente para o reverenciar pela grande obra que se solidifica em um mercado tão exigente. Parabéns pelo Prêmio Luis Carlos Guimarães 2008, sua poesia está magnífica. Para mim, é uma grande honra poder contar com sua participação nas coletâneas da SPVA/RN e ter a tua amizade. És grande merecedor dos louros e muito, muito sucesso além fronteiras, levando o nome potiguar para orgulho dos teus conterrâneos. Seu bloger está cada vez melhor. Beijos com meus desejos de muitas realizações com muito sucesso.
És uma preciosidade na literatura contemporânea potiguar.
Com carinho e admiração
Jania Souza
www.janiasouzaspvarncultural.blogspot.com

Dira disse...

estava com saudade de tua poesia. estava com saudade de dizer isso a vc, de como é bom e sempre te ler.

mil beijos.

Madalena disse...

"Em meus poemas,
por exemplo, só creio quando
ainda não estão escritos".


Atravessou-me dilacerante quando, sem se parecer em nada comigo, saiu do espelho em minha direção.
Sem conhecer, me vi.

Kroicher disse...

Incrível o teu trabalho... realmente.

Gostaria de conversar contigo, ou pelo menos saber mais de ti, já que não acho nada em lugar algum sobre ti.

Abraços de Florianópolis.

Pris disse...

Não sei o que significa exatamente "ter cara" de algo, mas, de fato, gostei do blog. E posso dizer que esse é um dos poemas mais interessantes, exatamente pela convicção inconvicta dele. Parabéns.
Quanto ao meu...

http://murmure-delame.blogspot.com/

Consultor disse...

Como num eterno buscar, vamos desatando, esmiuçando, desfazendo as crenças, uma por uma. Até que ficamos nus e puros, descrentes, e nos damos conta de que não sobrou nada. Então, tentamos retornar para catar o que deixamos pelo caminho.

conceicao saraiva disse...

Esse João Poeta de tão boa verve eu não conhecia, apesar de conhece-lo há bastante tempo, mas a vida é assim mesmo, uma descoberta de cada vez e uma boa surpresa por agonia me serve como parametro como farol das coisas q somos e que podemos e como podemos. Ao me deparar com seu blog me deu a impressão que logo logo estaremos a pater papo lá pelas bandas de São José como forma de identidade de identificação das nossas origens.

Magaliana disse...

Poema um tanto Paulo Leminski de ser. Só que melhor, na minha humilde opinião.

SOCIEDADE DOS POETAS VIVOS E AFINS/RN disse...
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