Eu, Ícaro,
fabriquei labirintos
e minhas asas foram:
a ilusão que não tive,
a esperança que perdi.
Nada restou de mim.
Hoje, tentando reorganizar
minha vida,
faço curso para querubim.
João Andrade
sábado, 29 de dezembro de 2007
Esta capacidade
Esta capacidade
de se fazer ouvido
quando só há silêncio,
é a capacidade de colocar
sentido no vazio imenso.
É a capacidade
de se esperar a volta
quando ainda se acenam
os lenços.
João Andrade
de se fazer ouvido
quando só há silêncio,
é a capacidade de colocar
sentido no vazio imenso.
É a capacidade
de se esperar a volta
quando ainda se acenam
os lenços.
João Andrade
Com este corpo
Com este corpo
que me foi dado,
dado jogado ao acaso,
vivo, navego e preciso
de improviso
navegar por mares
antes tantas vezes
navegado.
E mesmo indo
aonde sempre tenho ido,
costumeiramente
estou perdido.
João Andrade
que me foi dado,
dado jogado ao acaso,
vivo, navego e preciso
de improviso
navegar por mares
antes tantas vezes
navegado.
E mesmo indo
aonde sempre tenho ido,
costumeiramente
estou perdido.
João Andrade
Cogito
Cogito, ergo-me, sou
o que deixo escrito.
Deixo marcas, deixo lágrimas,
deixo adeuses, deixo poemas,
deixo mitos.
Deixo rastros e vôo,
deixo versos e sou
meu alfabeto mudo
de gritos.
João Andrade
o que deixo escrito.
Deixo marcas, deixo lágrimas,
deixo adeuses, deixo poemas,
deixo mitos.
Deixo rastros e vôo,
deixo versos e sou
meu alfabeto mudo
de gritos.
João Andrade
Assinar:
Postagens (Atom)