Em nada creio
e Deus sabe
o quanto nisso acredito.
Creio como quem morre,
creio como quem sofre,
creio como quem lança um grito.
Em meus poemas,
por exemplo, só creio quando
ainda não estão escritos.
João Andrade
domingo, 10 de agosto de 2008
Não escrevo
Para Inês Lana
Não escrevo
porque quero,
os versos se formam em mim,
eu só espero.
Sou como as estações,
no inverno, inverno
na primavera,
primavero.
João Andrade
Não escrevo
porque quero,
os versos se formam em mim,
eu só espero.
Sou como as estações,
no inverno, inverno
na primavera,
primavero.
João Andrade
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