domingo, 25 de novembro de 2007

As coisas

As coisas causam pausas,
quase sempre náuseas,
menopausas.

As coisas causam causas,
quase sempre pousam,
repousam.

As coisas causam quases,
quase sempre morto,
aborto.

As coisas causam coisas,
quase sempre em êxtase,
orgasmadas.

As coisas causam cio,
quase sempre coitos,
coitadas.

João Andrade

3 comentários:

Magaliana disse...

Esse poema eu conheço há tempos.

Unknown disse...

Eu também.
Este poeta... é quase um profeta!

Margot disse...

Gosto do movimento desse poema...
seu vai-e-vem...
sua musicalidade, suas pausas, seus pousos e seus orgasmos...

Parabéns.